Dark lager é tendência em 2020 nos Estados Unidos

O fim do ano chegou e, com ele, resolvi fazer uma retrospectiva de algumas cervejas que tomei e que, imagino, devem ditar os estilos e as tendências para o mercado cervejeiro nos Estados Unidos e no Brasil no ano de 2020. 

Dark Lagers / Rauchbier

Se tem algo que os nova-iorquinos não param de tomar são as dark e smoked lagers. Com sabor defumado e ao mesmo tempo com um corpo leve, elas têm feito sucesso entre as cervejarias da costa leste. Os mais ousados estão partindo direto para as rauchbiers -em geral ainda mais defumadas. Não sei se a moda chega ao Brasil, mas deveria. Apesar de não ser um estilo de entrada, creio que faria sucesso entre os consumidores brasileiros.

Destaques: rauchbier Stands to Reason, da Suarez Family e dark lager Constant Disregard, colaboração da Threes Brewing com a Oxbow. No Brasil: rauchbier Fire It Up Monk!, da Hop Lab.

Pilsner

Os consumidores ainda têm preconceito com as pilsners. Como já comentado aqui, as pessoas associam o estilo a cerveja de má qualidade. O jogo virou, no entanto, no meio cervejeiro -é a preferida de quem trabalha com artesanal. Me parece, entretanto, que o pessoal ainda está apegado ao uso de lúpulo, de modo que a maioria tem lançado o que chamam de contemporary pilsners.

Destaques: Pivo Pils, da Firestone Walker. No Brasil: Oat Pils, da Cervejaria Avós.

DDH IPA

Me parece impossível tomar uma simples IPA nos dias atuais. Se tem algo que vi (e bebi) por aí desde que comecei o Racha uma Breja foram as Double Dry Hopped IPAs. A “modinha” teria começado com a cervejaria Other Half, um sucesso entre os beer geeks de Nova York. Mais hazy, mais lupulada e com mais corpo, o estilo está sendo repercutido por várias cervejarias americanas. 

Destaques: DDH Green Power, da Other Half, Interstellar Jetsetter, uma colaboração da Japas com KCBC e Casa Bruja. No Brasil: Hoptilla, da Dogma.

Desert Sours

A fim de tornar as já conhecidas fruit sours mais aveludadas e encorpadas, muitas cervejarias têm adicionado lactose às suas receitas. A ideia é equilibrar a sensação de acidez, as vezes considerada agressiva por alguns consumidores. Lembram um pouco os smoothies que nunca fizeram verdadeiro sucesso no Brasil. 

Destaques: An Enduring Thing, da Hudson Valley. No Brasil: 2x Milk Shake Pink Lemonade, da Dádiva

Imperial Stout

Na moda há algum tempo, as imperial stouts continuam sendo as queridinhas quando se trata do estilo. A tendência é continuar na onda “pastry”: doces e alcoolicas. O Brasil já aderiu.

Destaques: Scusa, Ma Parlo Solo Un Po’ Di Macaroon Coconut, da Evil Twin. No Brasil: Abyssal, da 5 elementos